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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Mais um gloriosa noite de futebol... Um verdadeiro show de bola...

Somos a equipa que pratica melhor futebol em Portugal....

Quando ouviram o apito de João Ferreira para o intervalo, Manuel Machado e os jogadores do Guimarães devem ter respirado de alívio. Para trás, tinham ficado 45 minutos de verdadeiro pesadelo. No entanto, a realidade acabava por ser bem melhor, pois o Benfica vencia apenas por 1-0, um resultado incrivelmente curto, sobretudo depois do sufoco a que os minhotos foram submetidos. Além do golo de Sidnei, a equipa de Jorge Jesus tinha acertado duas vezes nos ferros e obrigado Nilson a três defesas bem complicadas. O auge do autêntico massacre aconteceu entre os 20 e os 28 minutos, período em que os encarnados criaram cinco oportunidades claras - e concretizaram apenas uma. O 3-0 final, concluído mesmo sobre o último apito do árbitro, acaba por dar uma ideia mais justa do que se passou. E, se peca, é mesmo por ser escasso.
A excelente exibição do Benfica acaba por dar razão a Jorge Jesus, que não se cansa de anunciar ao mundo que a sua equipa é a melhor em Portugal nesta altura. As águias continuam a perseguição à ilharga ao líder FC Porto, mas sabem que agora só podem chorar os nove pontos derramados nas quatro primeiras jornadas e que lhes permitiriam estar no primeiro lugar (descontando a partida a mais que os dragões têm). Mas Jesus também se engana e, desta vez, enganou-se ao prever a táctica do adversário. Ao contrário do que havia dito o treinador do Benfica, o seu rival Manuel Machado não se apresentou na Luz com três centrais e manteve-se fiel à estrutura dos últimos jogos, com um losango no meio-campo e Faouzi no apoio ao ponta-de-lança Edgar.
O Guimarães é o clube que mais vezes venceu no novo Estádio da Luz - três, no total -, mas o fantasma foi corrido bem cedo pelos campões nacionais, que entraram com velocidade e a pressionar o adversário muito em cima, não dando margem para surpresas. O Benfica começou com a sua equipa mais forte e o quarteto de argentinos titulares vestiu-se de diabo para atormentar a defesa do Vitória. O primeiro a causar problemas foi Gaitán - cada vez mais feito num jogador de linha -, logo seguido por Aimar, Saviola e Salvio. Os quatro pensavam, desenhavam e concluíam praticamente todos os lances de ataque da sua equipa. De tal forma, que o ponta-de-lança Cardozo apenas teve um remate (e fraco) em toda a primeira parte.
A magra vantagem ao intervalo sabia a pouco aos adeptos e deixava o Benfica impedido de relaxar, sob pena de ficar sujeito a um daqueles acidentes que deitasse por terra as ténues esperanças da equipa em renovar o título nacional. Por isso, o segundo golo, obtido logo a abrir a segunda parte, teve um efeito balsâmico sobre a equipa, que pôde começar a pensar no jogo com o Estugarda de quinta-feira e até a jogar com mais cuidado para evitar o quinto amarelo aos jogadores tapados (Luisão, Coentrão e Salvio), pois na próxima jornada há dérbi em Alvalade. O ritmo baixou, mas o domínio do Benfica não. O público, que ontem bateu o recorde de assistências da época na Luz, ia pedindo "só mais um, só mais um", mas tinha que se contentar em assobiar o árbitro João Ferreira, que anulou por duas vezes o 3-0: primeiro a Cardozo (fora-de-jogo de milímetros) e depois a Saviola (por alegada mão), ambos a concluir magníficas jogadas de ataque. Cardozo, em noite de muito trabalho mas pouca inspiração, voltou a falhar um penálti. Jesus manteve-o em campo até ao fim, mas a única coisa que o paraguaio pôde fazer foi ver de perto e aplaudir o golaço de Carlos Martins, já no último minuto de compensação. Foi o final de festa perfeito para uma noite perfeita na Luz.

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